2 - O nascimento de Vênus - A pintura representa a Deusa Vênus emergindo do mar como mulher adulta, conforme descrito na mitologia grega..
3 - Primavera - Obra de mitologia clássica que nos apresenta a alegoria da chegada da primavera
Nem sempre nos sentimos protegidos com os pés na terra, então deixamos nosso corpo sentir o gostinho de flutuar, deixando o peso da realidade se transformar num despertar dos sonhos, aqueles que nos permitem ser "talvez" aquilo que realmente somos . Despidos, mergulhados no desconhecido mundo da alma. E assim Alessandro Di Mariano Filipepi, conhecido como Sandro Botticelli, um dos mais importantes nomes do Renascimento alimentava suas obras.
Nasceu em 1445 e morreu em 1510. Resgatou de forma brilhante vários aspectos culturais das civilizações Grega e Romana. Suas pinturas são marcadas por um forte realismo, movimentos suaves e cores vivas. Obras carregadas de uma enorme sensibilidade, nutrida de crenças platônicas distante da religiosidade tradicional, segundo o espírito do homem que luta por se desligar da matéria, para chegar ao êxtase perante a beleza ideal e arquétipica.
Os personagens de Botticelli, não tocavam seus pés na terra, mas flutuavam, dando a suas pinturas leveza e movimento. Por isso também ficou enfeitiçado pela beleza de Simonetta. Nela contemplou feita de carne, a sua Deusa, à Vênus humanitas. Contemplou-a naquela esplêndida radiante e frágil, efemêra, melancólica e imaterial beleza, com a própria florença.
Simonetta morreu aos 23 anos. Essa mulher vista com olhos e a arte de Sandro, iniciara um renovado culto ao eterno feminino na Inglaterra.Tivemos na história da Arte - diversas representações de Vênus - Deusa do Amor - da Paixão Humana. Tivemos vários rostos, vários corpos, mas nenhuma foi mais famosa do que a Vênus de Sandro Botticelli, onde foi retratada com muita delicadeza, ritmo, e um refinado emprego da cor, característica do pintor, alcançando a perfeita expressão.
Apenas a encomenda do Papa que queria decorar a Capella Sistina, conseguiu afastar Sandro de Florença.Muitos boatos surgiram na época, sobre esse fascínio por Simonetta, pois não entendiam como poderia pintar uma pessoa que já havia morrido há tanto tempo. Mas por que querer entender o que se passa no coração humano? Por que não deixar simplesmente que esse, viva através da beleza, da expressão, sem ter que explicar sua paixão por alguém, que mesmo não estando mais presente se encontrava intacta em suas lembranças?