quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Renascimento - Botticelli - pintor do Renascimento Italiano - 1445/1510 -

1 - Vênus e Marte - Momento lúdico de descanso e paz dos amantes -
2 - O nascimento de Vênus - A pintura representa a Deusa Vênus emergindo do mar como mulher adulta, conforme descrito na mitologia grega..

3 - Primavera - Obra de mitologia clássica que nos apresenta a alegoria da chegada da primavera


Nem sempre nos sentimos protegidos com os pés na terra, então deixamos nosso corpo sentir o gostinho de flutuar, deixando o peso da realidade se transformar num despertar dos sonhos, aqueles que nos permitem ser "talvez" aquilo que realmente somos . Despidos, mergulhados no desconhecido mundo da alma. E assim Alessandro Di Mariano Filipepi, conhecido como Sandro Botticelli, um dos mais importantes nomes do Renascimento alimentava suas obras.
Nasceu em 1445 e morreu em 1510. Resgatou de forma brilhante vários aspectos culturais das civilizações Grega e Romana. Suas pinturas são marcadas por um forte realismo, movimentos suaves e cores vivas. Obras carregadas de uma enorme sensibilidade, nutrida de crenças platônicas distante da religiosidade tradicional, segundo o espírito do homem que luta por se desligar da matéria, para chegar ao êxtase perante a beleza ideal e arquétipica.
Os personagens de Botticelli, não tocavam seus pés na terra, mas flutuavam, dando a suas pinturas leveza e movimento. Por isso também ficou enfeitiçado pela beleza de Simonetta. Nela contemplou feita de carne, a sua Deusa, à Vênus humanitas. Contemplou-a naquela esplêndida radiante e frágil, efemêra, melancólica e imaterial beleza, com a própria florença.
Simonetta morreu aos 23 anos. Essa mulher vista com olhos e a arte de Sandro, iniciara um renovado culto ao eterno feminino na Inglaterra.Tivemos na história da Arte - diversas representações de Vênus - Deusa do Amor - da Paixão Humana. Tivemos vários rostos, vários corpos, mas nenhuma foi mais famosa do que a Vênus de Sandro Botticelli, onde foi retratada com muita delicadeza, ritmo, e um refinado emprego da cor, característica do pintor, alcançando a perfeita expressão.
Apenas a encomenda do Papa que queria decorar a Capella Sistina, conseguiu afastar Sandro de Florença.Muitos boatos surgiram na época, sobre esse fascínio por Simonetta, pois não entendiam como poderia pintar uma pessoa que já havia morrido há tanto tempo. Mas por que querer entender o que se passa no coração humano? Por que não deixar simplesmente que esse, viva através da beleza, da expressão, sem ter que explicar sua paixão por alguém, que mesmo não estando mais presente se encontrava intacta em suas lembranças?



sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

C A R N A V A L - Poesia de minha autoria-


Cai Rio em meus braços

anuncie esse amor que não é ilusório

estende as minhas emoções,

a razão deixe que essa se manifeste

no despertar de um sonho

que faz par com essa realidade que me faz ser o pierrô

o mestre do brilho,

que clareia essa cidade maravilhosa

cheia de esplendor,

contagiando corações

com confetes coloridos

fazendo a festa,

e as serpentinas atravessam avenidas

floreando o céu azul de anil

e a passarela é só expressão

no pé e no samba

e a colombina com sua beleza irradiante

nesse momento dorme

para acordar nas plumas leves e soltas

da saudade!

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Tema de um quadro -


A criação artística não nasce por geração espontânea.
Pensar que o artista é um ser privilegiado, a quem a inspiração chega sem que ele contribua com nada ou quase nada, é falso, ingênuo, esse pensamento.
A inspiração não vem do ceú. É preciso ir ao seu encontro, consultando, esboçando, trabalhando num processo intelectual, em que o espírito de observação, a imaginação, o conhecimento e a experiência se fazem presente.

O tema costuma ser sugerido por algo que vimos, conjunto de formas, um efeito especial de luzes, de sombra, contraste, de cor.
O tema de um quadro, parece de princípio, uma das coisas mais fáceis, mas muito pelo contrário, existe sobre tudo um preparo para que isso aconteça.
Olhar uma tela em branco e querer de uma hora para outra pintar, é difícil, precisa-se trabalhar num conjunto de coisas, pois nada advém do nada. Os artistas não criam num vazio. Eles são constantemente estimulados por outros artistas e pelas tradições artísticas do passado.
Em 1° lugar, devemos estudar o tema principal, um ponto de interesse para o qual os olhos do espectador sejam imediatamente atraídos.

Embora pareça lógico colocar o tema principal no meio do trabalho, essa solução costuma criar um resultado monótono - a não ser que o artista
aplique um senso estético apurado pela experiência.
É melhor colocar o tema ligeiramente fora do centro .
Essa norma também é utilizada para determinar a localização das linhas do horizonte e de temas secundários.
Sobre tudo em telas de altura bem maior do que é a largura.
Desenho A - O tema está no centro do quadro. O resultado é monótono. Pois os olhos do
observador não têm para onde ir. Depois de se fixar na árvore
Desenho B - O tema está no terço da direita, levando o olhar do observador a atravessar
a composição em direção a ele - um arranjo bem mais interessante.
Desenho C - O tema na intersecção das linhas cria equilíbrio entre ele, o fundo e a área do céu.
Desenho D - A mesma regra é aplicada aqui ao ponto de interesse de um tema maior
- a cabeça do gato.
Desenho E - O tema principal (cabeça) e o secundário (igreja)situados em intersecções opostas.
Uma solução equilibrada.
Essas noções me foram ensinadas quando estudei no Parque Lage, lugar lindo, muito verde, onde ali, passam artistas de todas as áreas, pois ali é patrocinado vários cursos: desenho, pintura, escultura, teatro,.. exposições, peças de teatro...
Lá tive aulas de pintura livre, e recebi muitos elogios por mostrar um tipo de pintura diferente.
Convivi com pessoas interessantes. Tive aulas de modelo vivo, onde o nu não
assustava nem despertava qualquer tipo de constrangimento, pois no meio artístico tudo é visto com a maior naturalidade.
Lembro-me que tinham uns arquitetos, onde a luta constante do professor, era com que eles perdessem aquela característica dura, numa forma mais solta, mais leve.
Enfim o Parque Lage me serviu para dar um grande passo em minha vida, dando-me coragem de abandonar a faculdade de direito, e ingressar de vez no mundo das ARTES! E quando lá já estava pude perceber, que não deixei nada para trás, apenas descobri minha verdadeira vocação!
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