Grós o grande representante do romantismo francês, vivido e representado em suas obras.
Depois da revolução francesa fugiu para itália, acusado de monarquista! Em Milão foi apresentado a Napoleão Bonaparte por Josefina de Beauharnais, amiga e protetora; conduziu-o ao círculo que rodeava Napoleão Bonaparte, a quem retratou em Milão, e depois da vitoriosa campanha da Itália.
Grós nada mais seguiu os passos do pai, que era um pintor de miniaturas se mostrando exigente , cobrando de Grós a devida perfeição. Aos 14 anos deu seus primeiros passos ao lado de David, que seria seu grande mestre e crítico mais severo, ao longo de toda sua carreira.
No começo, seus quadros foram retratos e cenas mitológicas, algo que com certeza tinha sido decisão do mestre! Em suas obras, segue de perto os postulados historicistas e clássicos de David, que a quem nunca abandonou, apesar de crescente influência da onda romântica e de seu novo sentimento.
Como citei acima, Grós nutria um fascínío muito grande pela figura de Napoleão Bonaparte e revela sua grande admiração pelo militar em 1801, quando ganhou o 1º prêmio num concurso organizado por Napoleão com o quadro:
_ "A Batalha de Nazaré; " - na qual seu estilo a essa altura se diferencia de David, onde a cena é dinâmica, dramática e cheia de vida. A cor tem predominância sobre o traço e a perspectiva orienta o olhar do espectador para o campo de batalha, e é esta obra que precede o romantismo mais puro de Delacroix e Gericault.
Foi dado a Grós a permissão de seguir o exército, em suas batalhas e com esta abertura abre-se um caminho muito rico em detalhes para suas pinturas, que são retratadas em anotações e depois nos quadros; onde pintava as façanhas de Napoleão como herói extraordinário, quase dotado de "poderes milagrosos" como em:
_ Os apestados de JAFFA - finalizado em 1804 e hoje no Louvre.
Grós nunca abandonou seu mestre David, (nem depois de sua morte) , nem sua forma de criação,
tanto que em 1825, converteu-se no sucessor direto de sua escola e estilo.
Ao exaltar a glória de Napoleão, foi concedido por CARLOS X o título de - BARÃO -
Uma vida de batalhas, vivendo, apreciando e retratando os campos de batalha, expedições, visitas aos vitimados, glórias, admiração e sobretudo se deparando com a realidade que ora se confundiam e se misturavam , causando "talvez" um desconforto dentro da visão romântica e idealizadora, para enfrentar nova moda, imposta por Delacroix e Gericault os quais aprenderam muito com ele, acentuando a frieza e perfeição de seu classicismo até provocar a zombaria do público e da crítica.
Infelizmente o fracasso artístico veio acompanhado com o conjugal. Desesperado e sem saída, Grós, não resolveu o conflito conforme as normas clássicas de sua arte, mas seguindo o romantismo ao extremo - lançou-se ao sena em 1835.
2 comentários:
Minha querida,
Voltar a este espaço e ler tuas linhas didaticamente escritas com a maestria de quem conhece e vive arte é sempre um enlevo.
É bom saber mais sobre o período histórico vivido pelo artista,desse eu não sabia nada e aprender para mim é sempre algo que busco sempre.
Muito obrigada pela partilha!
Beijos!
Olá Kátia, é sempre muito bom sua presença aqui…eu, em particular, gosto muitas vezes de trazer artistas que poucos falam, até porque poucos os conhecem, e a vida deles é muito rica e interessante.
Bjocas minhas
WaleriaLima
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