terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Telas coloridas - Henri Matisse - Francês -1869/1954 - fauvista

Quantos sapatos gastamos até encontrar nossa verdadeira vocação?

Quando o ser humano irá entender que aquilo que nos fortalece é o encontro real daquilo que somos, com aquilo que queremos ser?

Muitas vezes nos iludimos, ou nos deixamos levar por um emaranhado de sentimentos, colocações, rebeldias, ou até mesmo, por uma ideologia cantada como certa, dentro de uma visão materialista, mas que não cabe dentro do peito, e um dia acaba explodindo! E com Matisse aconteceu a mesma coisa, e com tantos outros artistas. Após ter trilhado vários caminhos tão avessos do que ele trazia em sua alma.

Ninguém representou tão bem o Fauvismo, simplificando sua pintura, onde expressava-se com naturalidade, na busca intensiva das cores.

Sua personalidade foi definida pela " alegria de viver"!
Pode-se dizer que Matisse pintou suas magníficas telas como quem quisesse " vestir e brilhar"!

Certa vez uma senhora visitou o pintor em seu atelier e fez um comentário sobre a tela: - A Sala Vermelha -

- " Mas não há dúvidas, o braço dessa mulher é comprido demais"!
Matisse respondeu:
_ " A senhora esta equivocada. Isso não é uma mulher é uma pintura! "
" pintura não tem que ser necessariamente idêntica ao mundo que vemos, pode ser mais decorativa, tendo um delicioso jogo de motivos, muito mais agradáveis numa superfície plana, do que a mera reprodução do mundo natural".

Há muitas maneiras de olhar para uma pintura. Um bom pintor sabe como compor um quadro, dar satisfação, agradar, surpreender, ampliar nossa compreensão, e misteriosamente
revelar-nos um novo mundo, o qual não se compara, com aquele que temos como perfeito!
Matisse em sua simplicidade sonhava com uma arte equilibrada, pura, tranquila, afastada de temas que perturbassem ou preocupassem, e na lúdica pureza das cores, limitava-se a deixar
que suas mãos simplesmente pintassem!

11 comentários:

Donagata disse...

Aqui estou eu e, como de costume, com vontade de ficar muito tempo. Gosto do que leio para além de me permitir aprender muita coisa que desconheço em absoluto. Embora seja uma área que me encanta, não sou das artes. assim, as minhas falhas de conhecimento são imensas.

Não tinha dado conta que me estava a seguir no meu segundo blog que foi uma experiência que fiz um dia que perdi o meu e que deixei inactivo. Agora vou dar-lhe continuidade,se souber...

Beijos distantes.

Anônimo disse...

Uma bela reflexão sobre a arte. Muitas vezes olhamos a arte com um olhar, como disse Matisse "idêntica ao mundo que vemos", isso não nos permite compreender o seu significado.
Bernardo

Anônimo disse...

Imagina se essa senhora visitasse o atelier de Modigliani! Ela acharia o braço da mulher da Sala Vermelha um verdadeiro cotó! Abraços.

Tais Luso de Carvalho disse...

Oi, Walzinha, como sempre contornas a obra do artista mostrando não só a técnica, mas um pouco de sua alma. Dás leveza ao texto.

Falas da alegria de Matisse, é verdade, apesar dos tempos tumultuados que o artista viveu, preso a uma cama - passou por 2 operações / câncer no duodeno, lá em 1941 -, mesmo assim não passou como outros artistas, pessimismo nem amargura em seu trabalho; seu sonho era passar equilíbrio, pureza e serenidade, trabalhos livre de turbulências. A pintura era algo confortante para ele. E as cores fortes que falas, muitas vezes trabalhava com óculos escuros, a pedido dos médicos, tamanha era a luminosidade.

Esta frase que citas, quando ele fala que aquilo não era uma mulher e sim uma pintura, acho bárbara; pode-se pintar o que se quer, desde que seja alguma coisa a ver com arte. Mas o maior prêmio para um artista é quando sua obra é entendida: diria que cumpriu a sua finalidade.

Beijosssssssssss
Tais

Canteiro Pessoal disse...

Oie querida, paz !!!
Aqui estou aparecendo e com muita alegria.
Nossa, que brilhantismo este teu texto, digo ser uma paisagem de idéias e experiência humama de modo diferente de todas as outras pessoas que conheço.
Um jorrar como um rio de jóias despecando de uma cachoeira.
Agraciada sou, por ter conhecido seu espaço que emana esmiuçar intenso; uma caça sem igual por sermos daquelas pessoas que estão totalmente à vontade dentro da própria pele.
És uma fonte inesgotável de ensinar !!!
Ensinar que me embreaga por aprender, canção que mal posso esperar para tocar.

Lindos dias !!!

Abraços !!!

Anônimo disse...

A cada texto seu q leio já fico na expectativa do próximo...
Ah obrigado por apresentar Matisse, adorei!
Quanto ao “Diário de Martha” sim é fixação, é uma personagem q as vezes aparecerá no blog, o diário é uma forma de sair da minha narrativa e dar voz a personagem. Ainda ñ sei muito sobre ela, vou a formando conforme vou escrevendo.
Mas já da pra saber q é uma personagem bem complexa, ou seja, bem humana.
Muito obrigado pelas palavras afetuosas, fico feliz em saber que o q escreve lhe agrada.
Abraço!

Anônimo disse...

Legal ver o seu blog florescendo!
Parabéns e até breve!

Gustavo Mutran

Anônimo disse...

Que belo texto, Wal!!!

Esta pequena história que vc conta que aconteceu com Matisse demonstra que até para sonhar, imaginar, viver o lúdico, precisamos estar preparados e sem vergonha.

Um beijo grande,
Anna

Anônimo disse...

Wall! Olá, recebi tua msg e vou responder daqui, aqui está abrindo normal. E a propósito que lindo Matisse!assim como suas palavras sempre tão profundas.
Bjtos, Marli.

Anônimo disse...

Oi Valéria, seu espaço esta lindo parabéns, quando eu posso deixo sempre um comentário, você desapareceu imagino que está de férias que bom, sou teu seguidor percebeu, obrigado. Um Abraço.

Anônimo disse...

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