Hoje conto uma história de um pintor que mesmo órfão aos 2 anos de idade, foi educado pelos tios, recebendo deles orientação para sua verdadeira vocação – o desenho e a pintura, onde foi estudar na escola de belas artes de sua cidade natal. Se foi presente de Deus, não sabemos, mas na verdade tudo isso amenizou e enriqueceu sua vida. Sempre muito dedicado, aos 20 anos conseguiu seu primeiro êxito – uma medalha – na Exposição Nacional de Madri com um quadro onde se agitavam numerosas figuras em um grande espaço –– e assim foi sua trajetória de vida, cheia de sucesso e honras.
Em 1895 obteve vários prêmios por suas obras dedicadas ao mar e a pesca. Seus êxitos prosseguiram em Paris, Munique, Chicago, Viena, Berlim e Veneza – Sorolla, que tinha começado a encontrar-se ao conhecer os impressionistas, descobriu seu próprio centro de gravidade, ao descobrir em JÁVEA, no verão de 1894, o mar, a praia ensolarada com seus banhistas e seus tipos. Durante muitos Verões o viram sempre com seu cavalete, suas telas e pincéis na mesma praia. Nesses quadros tão variados como unidos por idêntico tema, únicos na história da arte, realiza com singular alegria, vibração e intensidade em suas inconfundíveis cenas de praia que estouraram luz e são capazes de transmitir sua incontida alegria ao espectador. Daí seu êxito em Berlim, Dusseldorf, Colônia e Londres, para prosseguir do outro lado do Atlântico em Nova Iorque, Búfalo e Boston.
A exposição em Paris contou com mais ou menos 50 mil visitantes; a de Nova Iorque mais ou menos 160 mil e Sorolla vendeu 200 dos 356 quadros apresentados.
Sorolla possuía luz própria como suas telas, e em conseqüência destas exposições, a instituição – Hispanic Society, encomendou-lhe o que seria seu canto do cisne: Um grande mural à óleo no qual deveriam estar representadas todas as regiões espanholas através de suas paisagens e figuras características.
Sorolla se dedicou completamente por 8 anos, viajou por toda a geografia espanhola, a fim de concluir as 14 grandes telas. A última, de 14 metros de comprimento por 3,5 de largura, medidas comuns a toda série, foi concluída em Ayamonte, na fronteira com Portugal.A exposição em Paris contou com mais ou menos 50 mil visitantes; a de Nova Iorque mais ou menos 160 mil e Sorolla vendeu 200 dos 356 quadros apresentados.
Sorolla possuía luz própria como suas telas, e em conseqüência destas exposições, a instituição – Hispanic Society, encomendou-lhe o que seria seu canto do cisne: Um grande mural à óleo no qual deveriam estar representadas todas as regiões espanholas através de suas paisagens e figuras características.
Poucos meses depois Sorolla adentrou no abismo da enfermidade que o mataria 3 anos depois. Não pode acompanhar suas obras a Nova Iorque, que começariam a expor de forma permanente...Mas isso “talvez” não fosse relevante, mas sim a conclusão de todas as pinturas encomendadas.
Sorolla deixou além de uma época que bem pode se chamar “Sorolhismo”, mais de 2.000 obras acabadas, as que poderiam somar outras 20.000 levando em consideração suas anotações, desenhos e notas coloridas.Sorolla descobriu sua vocação e atribuiu em suas criações um caminho que o levaria ao sucesso, e definição de uma obra singular, própria de sua escolha, dedicação e amor a um tema que ao invés de prendê-lo lhe deu asas para voar, deixando em cada tela pintada, um mar que fala de várias formas e beleza!
Em Junho de 1932 pouco depois da morte de sua viúva, inaugurava-se em Madri o museu Sorolla propriedade do estado espanhol por legado da esposa do pintor, o museu de luz e cor, de autêntica pintura, tão espanhola quanto universal.
17 comentários:
Maravilhoso!!!
Excelente trabalho, Wal!
Mais uma aulinha que você me deu.
A propósito, eu conheço bem Ayamonte, (vivo bem pertinho) sempre que posso, visito as exposições de lá.
E vejam que interessante...fiquei a conhecer este pintor, não através dos espanhóis mas sim de uma brasileira.
Mto obrigada
Bjocasss
Leonor
Mais um capítulo da História da Arte que nos chega através de suas excelentes postagens. Mais um precioso aprendizado. Muito obrigada, Waléria.
Beijos e bom final de semana
Grande Waleria, um bocadinho da sua cultura deixado aos nossos olhos espectadores.
Beijos.
Gostei muito do que aqui vim em encontrar!
Olá Wall,
Tive a oportunidade única de ver uma mega exposição de Sorolla em 2008 em Málaga e passei horas a observar (de longe e de perto) as magníficas pinceladas deste pintor espanhol. As telas eram enormes e causaram-me um tal impacto, daqueles de me sentir bem pequenininha... Lembro-me de dizer para os meus botões .."- Por muitos anos que viva nunca vou chegar a esta mestria".
Que bom que o lembrou Wall, pois é indubitavelmente um pintor de excelência.
Bjinhos de Luz!
eu acho que todos nascemos predestinados, mas cabe a nos encontrar este caminho.
Linda história.
bjux qrida.
Olá meu amigo ficaria encantado se você estiver disposto a visitar o meu blog
Wal querida, que pinturas impressionantes! Não conhecia esse pintor... mas estou totalmente encantada com o realismo e a maestria da sua arte! Lindo!Lindo!Lindo!
Oi, Wal, estou saindo um pouco, está mais do que na hora, mas vim dar uma olhada nas postagens e estão ótimas, como sempre. Voltarei para ler outras com mais tempo.
bjs.
tais luso
Este é um blog de qualidade, sempre que cá venho aprendo algo que me enriquece! Obrigada minha amiga.
Beijinhos desde Portugal:)
Olá Wall
Há muito que aqui não vinha.
Mais uma vez aprendi!
Obrigada pela partilha e qualidade a que nos habituaste.
Bjs.
Hola amiga querida!!
Hermoso tu blog, como siempre, colorido, instructivo, interesante...
Da gusto pasar por aqui
Te dejo un abrazo muy grande, pues me tomarè una semana de descanso en un lugar llamado Puerto Madryn.
PD: me equicovo? o vocè se enamoro de Facebook ... farmville y otros jueguitos jajaa
Esse pintor pra mim, é fantástico, pela sabedoria humana, cada traço, cada toque por menor que seja, pelo conhecimento profundo do corpo humano, e da parte que não vemos com os olhos, mas que ele sentia e traduzia com mta sabedoria. Esse é um dos artistas que eu gostaria de ter convivido...mas o que posso dizer que consigo captar sua alma e a beleza exposta em cada tela.
Agradeço todos os comentários, e todos que aqui passaram, e devo dizer que esperava mais, pois realmente Sorolla é um exemplo de naturalidade,leveza, beleza, e eternidade! Talvez o carnaval tenha atrapalhado um pouco, mas aqui esta e ficará exposta sua vida,seus quadros, e toda uma gama de conhecimento que nos faz refletir, e buscar novas idéias, criações...e uma grande vontade de melhorar cada vez mais!
A Nônô, fico feliz de mesmo daqui de tão longe poder abrir uma porta que se encontrava fechada, e a Noemia deixo aqui algumas palavras:
- adorei saber que esteve tão perto de suas telas, e que cada um de nós é único naquilo que faz. Digo que vc é divína, maravilhosa na sua criação, e tenho certeza absoluta que se Sorolla pudesse ver suas obras, acharia o mesmo!!!
Bjos a todos vcs.
Wal.
Wall, obg pelas suas palavras... fiquei comovida e tocada pela sua sinceridade e por favor continue a plasmar essa sua força neste blog porque cada dia mais.... ela é um ponto de encontro de almas sensíveis. Até sempre ....
Olá Wall, tudo bem? Óptimo.
Excelente este pintor que não conhecia. È impressionante a sua técnica de " molhados". Somos pequeninos perante esta arte e técnica.Obrigado por partilhar connosco. Ficamos mais ricos no conhecimento.
Bjo grande e tudo bom para você.
AH, obrigado por ter gostado do meu quadro.
Diogo
Wall
Muito bom o seu artigo Joaquin Sorolla, parabéns pelo blog!!!
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