domingo, 19 de julho de 2009

C O R



A cor é fundamentalmente cor. É a protagonista da obra pictórica. O que sempre deve se levar em consideração no momento de analisar um afresco, uma tela, uma tábua.
O espectador facilmente se esquece da cor: contempla os objetos pintados, a composição e a linha, a utilização das cores, mas não analisa a cor em si só, a cor como matéria pictórica, que possui qualidades intrínsecas, que o pintor teve que saber utilizar. Esquecem do pintor, como um manipulador da cor.
Durante séculos, os pintores tiveram que moer os pigmentos misturados com aglutinantes apropriados, experimentar com combinações, às vezes com resultados catastróficos: péssimos, no lamentável estado da obra prima de Leonardo - A última Ceia – já deteriorada poucos anos depois de acabada. Por isso o pintor era considerado como um trabalhador manual, um artesão, semelhante ao tecedor.
Atualmente este trabalho prévio de preparação de cor desapareceu. Vendem-se as cores já fabricadas e preparadas para cada uso determinado, seja a óleo, aquarela, afresco, têmpera...Estudam-se cientificamente as qualidades de cada cor, para torná-la estável, segura, resistente a luz. O pintor não deve se preocupar em calibrar as proporções, entre pigmento e aglutinante, da qualidade da trituração do pigmento, de adaptabilidade de cada pigmento a uma técnica determinada: neste sentido o pintor moderno não está em contato tão estreito com sua obra, como pintor medieval, o renascimento, ou o barroco, por exemplo. Estes últimos podiam fabricar suas cores de acordo como o que esperavam obter: saturação, brilho, tom, valor cromático. E ao mesmo tempo, estavam estreitamente condicionados pelo valor material dos pigmentos. Haviam alguns caríssimos como o – ultramarinho – que só podia ser utilizado por quem havia encomendado o quadro, por dispor de meios abundantes, porque , normalmente o cliente que pagava o quadro, também pagava as cores, e ao fazer a encomenda, especificava no contrato, as cores a serem usadas no quadro.



Na natureza o vermelho, amarelo e o azul são as cores de onde todas as outras se originam a partir de suas combinações – são chamadas primárias:
Amarelo + azul = verde
Vermelho + amarelo = laranja - Cores secundárias
Azul + vermelho = roxo.
As combinações de cores primárias formam cores secundárias, que combinadas com cores secundárias formam cores terciárias e assim por diante.
A cor branca resulta da sobreposição de todas as cores (presença de todas as cores), enquanto o preto é a ausência de todas as cores (ausência de luz).
Rubens pintava com 4 ou 5 cores no máximo. Ticiano pintava com uma gama ainda mais restrita - dizia que se pode ser um grande pintor, utilizando apenas 3 cores.
Verdade seja dita, não é cômodo pintar sempre como norma apenas com 3 cores primárias. Não é prático andar procurando, por exemplo, um ocre, misturando azul, carmim e amarelo, quando já existe a cor ocre em tubo, pronta para ser usada, e com a possibilidade de ser misturada diretamente com branco, azul, carmim, para encontrar rápida e facilmente, o matiz exato do modelo. Mas na dúvida de que essa procura, esse esforço para obter todas as cores a partir das três cores primárias é extraordinariamente válida do ponto de vista da formação, proporcionando prático e profundo da mescla e obtenção de tons, matizes e cores, faz compreender uma norma básica fundamental, para ver e captar as cores do modelo.
A cor da pele e a cor da terra, a cor do céu azul, a cor das folhas verdes e das flores vermelhas. Nenhumas dessas cores aparentemente concretas podem ser
obtidas sem a intervenção para mais ou para menos das cores primárias.
-


Olha para sua mão, observe a cor da pele. Em princípio, essa cor compõe-se de vermelho e amarelo misturando com branco. Ah, mas sem o azul obterá apenas o laranja claro, ou um creme claro, apropriado apenas para determinados toques, para pintar alguns pontos talvez mais iluminados, mas que de maneira alguma corresponde a cor geral da mão; se a cor de sua mão for bronzeada precisa de mais azul, se for branca, de menos, mas sempre precisará de azul, vermelho e amarelo. Um céu exige um pouco de carmim e de amarelo para alcançar um azul mais profundo, menos estridente, mais real. Nas flores vermelhas há amarelo, nas luzes e reflexos – e há azul nas sombras e penumbras.
Bom, agora tenho que fechar o pc, pois as cores estão tomando conta dos meus olhos e da minha alma, pois acabei de ter novas idéias para pintar um novo quadro! Tchau...




30 comentários:

UBIRAJARA COSTA JR disse...

Waléria

Gosto muito deste seu cantinho porque é lugar de se aprender. Sempre se aprende muito por aqui.
É fascinante o mundo das cores e saber usá-las, mais que isso, saber prepará-las requer técnica e arte, muito próprias dos mestres.
Muito interessante esta sua postagem.
Beijos e bom dia.

Mona Lisa disse...

Olá waléria

Simplesmente maravihosa a forma como descreveste a importância e significado e a elaboração da "cor".
A "cor" sempre me fascinou.

Sempre que aqui venho aprendo algo.
Obrigada pela partilha.

Tenho no blog um selinho que gostava que levasses, pois é uma amiga especial.

Bjs.

Lisa

Luma D. disse...

Waleria, como sempre suas postagens continuam uma aula fascinante.
Adorei a nova imagem do topo... Sou apaixonada por paisagens e vitória-régia.

Beijos e um feliz dia do amigo. =)

Ingrid O.s. disse...

Faço minhas as palavras já ditas pelos outros comentários, e não visitei ainda a exposição, mas quando eu for, posto algo sobre e daí te aviso. Beijos

Beto72 disse...

Achei muito interessante principalmente sua orientação sobre como compor a cor da pele. Acho que reproduzir a cor da pele humana é um desafio. As empresas já vendem a tonalidade "cor de pele" mas ela é sempre igual e as pessoas não tem a cor da pele igual.
Um abraço e parabens!

Lu Maria disse...

Gosto muito do teu blog, Wall. Assuntos bem tratados com um tom profissional e suave. Parabéns, viu?
Abraços com amizade.
LU MARIA

Fabiano (LicoSp) disse...

eu lembro qdo aprendi sobre isso no colegio... cheguei a comprar livros na epoca q trabalhava com webdesign. Acho interessantissimo este tema e principalmente estudar a psicologia das cores.

Ahh, pra vc me achar no orkut, só pesquisar por LicoSp (ou pelo email licosp@msn.com), eu estou na primeira pagina.

bjs do Lico

Donagata disse...

Fantástico! As cores primárias e a forma de as misturar com o objectivo de criarmos cores secundárias que depois ainda podíamos matizar, isso ainda eu sabia. Tive de aprender quando andei no liceu. E, já agora, devo dizer que achava uma grande maçada (já lhe disse que no que respeita às artes plásticas tenho duas mãos esquerdas...) uma vez que havia já, em tubo, todas essas cores. Também aprendi, em História da arte, isso já com muito mais interesse que os pintores medievais e renascentistas fabricavam as próprias tintas sendo estas "fórmulas" pessoais alvo de enorme secretismo.

O que eu não sabia, nem suspeitava mesmo, era que para conseguir o tom de pele tem de juntar azul?!!!

Nunca lá chegaria!

mais uma vez não posso deixar de a cumprimentar pela forma clara, explícita e bem informada como expõe os assuntos no seu blogue.

Um beijo.

Bruno Cardona disse...

Olá, desde já agradeço a sua visita e comentários ao meu blog , ainda bem que gostou, e quanto á questão que colocou , sim é em tela que trabalho, tambem gosto muito de visitar o seu blog e de vez em quando ca venho , tudo de bom.
Bruno Cardona

Sandra disse...

Passei para te conhecer.
Vim através da Efigenia.

As cores.
as cores são a alegria da vida, da alma. é pura, eé amor e muita alegria.
amo e verde, vermelho, amarelo e rosa.
Sandra

Efigênia Coutinho ( Mallemont ) disse...

Wallper, eu estava saudosa de vim apreciar suas postagens, e hoje em especial você fala das cores, a importancia que existe dentro delas.
Adorei, uma matéria super especial, para os bons apreciadores da boa cultura da arte.
Com afeto,
Efigênia

wallper.lima disse...

Agradeço a tds até o momento, e quero dizer que realmente o mundo das cores é fascinante, e essa descoberta de cores novas através da mistura, é mto rica e fundamental para o artista. Devo dizer que como alguns mencionaram, inclusive Donagata - que achou mto interessante a parte que cito as cores usadas para a tonalidade da pele, é que realmente quem está de fora jamais imagina que ali leva a cor azul- a sensação que se tem é que irá escurecer, ou até estragar a pintura, quando no entanto ali está a finalização perfeita. É como a restauração, onde vc tem que retocar somente aquele detalhe que foi mexido, e desvendar as cores usadas, que geralmente não são puras. Digo que basta olhar uma pintura e eu sei dizer direitinho as cores que foram usadas.
Obrigada a tds.
Bjocas.
Wal.

Noemia Travassos disse...

Uma excelência a que já nos habituou Waléria.
Para quem gosta tanto de pintar rosto, como eu, sei avaliar bem as dificuldades em conseguir as várias tonalidades que um rosto pode conter, sem esquecer ainda que as cores do ambiente também se reflectem nele.

Adorei a reflexão sobre as cores e a oportunidade, porque este conhecimento é essencial para quem quer dedicar-se seriamente à pintura.

Parabéns Waléria e muitos sucessos!

Lu Maria disse...

Wall, qual dos selinhos são os que mencionou lá no nosso blog?

Grande abraço.

Pixel disse...

Exelente este post!!
É um previlégio poder apreciar todas as cores, somos uns felizardos!!!

Até breve.

Canteiro Pessoal disse...

Ave Rara, 'olho para as minhas mãos, numa caça para observar a cor da minha pele'. E é fascinante atentar para nuances nunca antes percebidos. O tal desapercebido usurpou meu olhar intimal para as cores que transcendem o atrás da cor visível. Este atrás que é o equilíbrio ao sustentar-me [nos] em fios invisíveis visíveis. Essa captura me faz perceber o quanto estou argilosa, que denota a remodelagem por está atrás da cor visível.
No momento, as frases são feitas, mas logo depois, são desfeitas, só para o lugar incomum habitar sobre o comum. A inteligência desvalece por um render demasiado por acreditar no que não compreende. Por acaso, poderia, a mortal à porta do curvar, compreender com tanta precisão a geografia deste mistério? Não! Os rastros são incompreensíveis e, uma narrativa central rápida perqueri espaços não habitáveis, que seria, o persuadir ao tocante de transformação intimal, resultante da perplexidade e indagações de meus próprios olhares à espreita da: 'a cor é fundamentalmente cor'.
Tão fantástico falar de cor. Que em momentos, torna-se como um desvendar maduro, mas, num paradoxo, a infância infantil que me acalenta no sempre: simplesmente amanhecer no profundo do desconhecido que me faz atuar em batom e bonecas. O suficiente que atua 'o novo' e por miléssimos de semente aloja em sementar uma caça, o passo certo para recomeçar a caminhada. E o tempo das argumentações e da lógica saem derrotadas, elas sim, falidas e não o atrás da cor! A razão assisti e grita: - Não! Há tempo este território me pertence! Mas, o que recomeça deixa de acreditar no latente escuro e atrela-se no ilógico ao casadinho do original soprar nas narinas. No incomum do comum que estrutura cenários surreais e perpétua não refuta a opinião do falante da esperança e, crer, que tudo há explicação no por trás das nuvens brancas.

. Beijos mil Ave Rara!

Priscila Cáliga

ROSA SONHADORA disse...

SOU UMA PREVILEGIADA EM PODER VER E ADMIRAR TANTA COISAS LINDAS QUE VC POSTOU AQUI.PARABENS, VC. REALMENTE É 10.

antonior disse...

Olá,

Parabéns pelo "tratado" de cor!

Dos primórdios do pigmento (negro de marfim, feito de osso queimado e moído) até às cores modernas, obtidas por sintese quimica existe um mundo fascinante.

Boa inspiração para o novo quadro...

Ana Oliveira disse...

Olá

Vim agradecer a sua visita na Expo do Paço e dizer-lhe, também, que gosto muito de visitar o seu blog.
Este post sobre as cores está muito bom, tudo muito bem explicado. O apontamento sobre a cor da pele foi muito oportuno, pois a maioria das pessoas não fazem ideia de como o azul é parte integrante e necessária para que a figura pintada não fique com um ar artificial.
Como trabalho muito com porcelana, tenho ainda o prazer de poder fazer algumas cores, porque trabalhamos com os pigmentos em pó (embora os pigmentos para porcelana sejam complicados para misturar por se correr o risco de usar cores que, na queima, anulam outras cores), também gosto de fazer experiências com diferentes materiais e vidrados...reencontro, assim, um pouco da alquimia dos primeiros pintores. É sempre uma surpresa (nem sempre boa) abrir o forno e ver o resultado obtido e neste caso nem é preciso esperar pelo passar do tempo porque se não resultar vê-se na hora.A maior dificuldade está no facto dos fabricantes não darem a composição quimica das tintas que nos vendem e só experimentando se podem fazer cores novas e limpas.

Desculpe ter-me alongado, mas falar destas coisas faz-me sempre perder a noção do tempo.

Um beijo

Ana

Mona Lisa disse...

Olá Waléria

Passei para te dizer que tenho no blog um "selinho" que gostava que levasses.

É o que diz: Aprovado, o seu blog é 10.

Bjs.

Lisa

MoizaCARTUNS disse...

O trabalho com as cores é quase mais importante do que os traços e a ideia em si. Sem as cores perfeitamente combinadas, dá-se a sensação de trabalho sem estética, sem cuidado. E taí uma coisa que ainda tenho muito a aprender! Sempre me arrependo de pintar um desenho, pois acabo percebendo certas cores desconexas que acabam com o desenho :(

Belo post. Quase esgotou o assunto, hehehehe

Abraços o/

Tais Luso de Carvalho disse...

Oi, Wal, ótima tua explicação das cores no universo das artes plásticas. Porém fiquei lembrando, também, da importância das cores na nossa vida diária: o que chamamos de cromoterapia, algo extremamente importante.

Os arquitetos se valem muito das cores, conforme o gosto do cliente: A cor branca apesar de parecer acéptica, e trazer calma para uns, para outros torna-se fria e nada agradável, lembrando ambientes de hospital. Há anos lançava-se mão do branco para aumentar os ambientes em nossas casas. Mas notava-se a ausência de cores quentes e aconchegantes.

O preto e escuros, são mais usados para rebaixamentos de tetos, para ambientes mais aconchegantes, embora pouco usados, pois deprime.

O verde é a natureza: equilibra, alegra, acalma e deixa passar a luz natural. Parece que estamos num jardim.

O azul pode ser usado em áreas grandes, lembro da Habitasul, que fez do azul sua marca; seu interior era em azul misturado com uma cor clara. Essa cor transmite muita calma. Assim como outros Bancos, repartições, farmácias etc. Cor, fixa em nossa retina e vira marca.

O amarelo, minha cor preferida, estimula, ilumina e nos joga para as estrelas! Acho que é uma cor antidepressiva, pois é o sol, aquele que aquece, que ilumina.

Adoro o estudo das cores (cromoterapia) pois é aplicada em tudo que se faz; é raro alguém gostar de uma pintura que deprima. O abstracionismo usa e abusa dos tons quentes, mesmo em fundo frio.

Vim por último justamente para abordar a cor sobre outro enfoque, que fosse fora do nosso ofício, artes plásticas.
Beijão, amiga!
tais

Tais Luso de Carvalho disse...

Walzinha, só pra completar, não gosto de deixar penduricalhos, esqueci da cor principal, o vermelho!
Essa é uma cor que deve-se ter cuidado, deixa um ambiente até exótico se usá-la pouco, pois apesar de ser uma cor vibrante e alegre, usada em demasia, em qualquer ambiente ou obra pode cair no vulgar, além de ser uma cor altamente estimulante, excitante.

beijos.
tais

wallper.lima disse...

Agradeço a tds, por tdas as palavras, pelo jeito de cada um se expressar... e a colaboração da Taís falando das cores e seus significados, valeeeeeu!
Bjs.

ROSA SONHADORA disse...

Como é gostoso ficar um pouquinho que seja, no seu cantinho maravilhoso

Anônimo disse...

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